Cooperativas e grupos empresariais do Paraná investiram quase 5 bilhões de reais, consolidando o Estado como um dos principais pólos de industrialização da soja. Enquanto a maior parte do grão é exportada para a China, União Europeia e Oriente Médio, uma parte crescente é processada no próprio Paraná, gerando derivados como óleo, farelo e biodiesel. Liderada por cooperativas e grandes empresas, essa industrialização beneficia toda a cadeia produtiva e impulsiona a economia.
Dados da Pesquisa Industrial Anual do IBGE, analisados pelo Ipardes, mostram que, entre 2019 e 2022, o Valor Bruto da Produção Industrial de óleos e gorduras no Estado saltou de 14 bilhões e 900 milhões para 30 bilhões e 500 milhões de reais, com a soja como principal responsável.
O Governo do Estado apoia essa expansão com investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais. De acordo com o presidente da Ocepar, Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, José Roberto Ricken, a soja é o principal produto das cooperativas paranaenses.
Atualmente, há 13 indústrias de esmagamento, além de quatro especializadas em refino, duas em biodiesel e uma em margarina e óleos comestíveis.
Na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, o grupo Potencial está investindo 1 bilhão e 700 milhões de reais na construção de uma nova esmagadora de soja.
As obras começaram no fim de junho de 2023, e a unidade será parte do Complexo Industrial do Grupo Potencial, onde já está localizada a maior usina de biodiesel do Brasil e a terceira maior do mundo.
O vice-presidente Comercial, Operacional e de Relações Institucionais do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt, destaca o bom ambiente para negócios.
Esse é o maior investimento previsto nos próximos anos pelo grupo Potencial, que busca se tornar um dos líderes mundiais no setor de esmagamento de soja. A planta, prevista para 2025, terá capacidade de processar 3 mil e 500 toneladas de soja por dia, ou 1 milhão 150 mil toneladas por ano.
A nova unidade produzirá quase metade do óleo de soja usado pela usina de biodiesel do grupo. Serão construídos dois silos de 150 mil toneladas cada para soja e um de 100 mil toneladas para armazenar o farelo, que será vendido no mercado interno e externo.
Fonte AEN.