De acordo com o texto aprovado no início de novembro, em cursos diurnos de ensino médio o aluno poderá fazer até 20% das horas obrigatórias a distância. No noturno, o percentual chega a 30% e na modalidade de EJA (Educação para Jovens e Adultos), focada naqueles que não se formaram, pula para 80%.
A primeira versão do documento abria a possibilidade de 40% do ensino médio a distância no curso diurno e até 100% no EJA, conforme a Folha de S.Paulo revelou em março. O CNE (Conselho Nacional de Educação) e o MEC (Ministério da Educação), voltaram atrás nesse quesito após repercussão ruim, reduzindo o percentual.
As diretrizes curriculares servem para orientar escolas e sistemas na organização da oferta escolar, sem detalhar, por exemplo, o conteúdo de aulas. O ensino médio é considerado o maior gargalo da educação básica, com altas taxas de abandono e baixos indicadores de aprendizado.
Especialistas consideram que a abertura da educação a distância para o ensino médio pode agravar a qualidade da educação, colaborando com a desigualdade.
Além das mudanças no Enem, devem ser alterados também programas de formação de professores e de livros didáticos, além do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico).
A reforma do ensino médio só passa a valer oficialmente após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular referente à etapa. A implementação do previsto na reforma tem um prazo de dois anos.
Fonte: Bem Paraná.