CAPTURA ANUAL DE 45 MIL ARANHAS-MARRONS VIABILIZA 15 MIL AMPOLAS DE ANTIVENENO NO PARANÁ.

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CAPTURA ANUAL DE 45 MIL ARANHAS-MARRONS VIABILIZA 15 MIL AMPOLAS DE ANTIVENENO NO PARANÁ.

A Secretaria da Saúde disponibiliza em todas as Regionais a soroterapia antiveneno para ser usada conforme indicação clínica em caso de acidente


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   Na primeira quinzena deste mês, a equipe de captura de aranhas-marrom do CPPI, Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, trouxe para os laboratórios 2.459 animais, cerca de 20% a mais do que o habitual, que é de 1.875 no período de duas semanas.

   Esse trabalho de campo foi realizado no Norte Pioneiro, nos municípios de Cambará, Andirá e Quatiguá. Durante o ano, são capturadas cerca de 45 mil indivíduos de três espécies de aranha-marrom, em várias regiões do Paraná e de Santa Catarina, uma média de 3.750 animais por mês. As aranhas-marrom capturadas são levadas para laboratórios, onde é retirado o veneno, usado para fabricação do soro para atendimento a pessoas que sofrem picadas.

    A Secretaria da Saúde disponibiliza em todas as Regionais a soroterapia antiveneno para ser usada conforme indicação clínica em caso de acidente. Com o veneno de 45 mil aranhas-marrom podem ser produzidas até 15 mil ampolas de antiveneno.

    Segundo o farmacêutico Erickson Moura, responsável pela equipe, o processo é rigoroso. O trabalho de captura requer cuidados e experiência dos profissionais, por conta do veneno que cada um desses animais carrega.

    Se picada, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde. Sempre que possível, o paciente deve levar a aranha causadora do acidente. As picadas podem levar a estados classificados como leve, moderado e grave.

    Os casos graves se apresentam como lesões de pele bem características, com feridas maiores que podem causar isquemia de vasos sanguíneos e necrose na pele, de 4 a 5 dias após a picada. De cada uma das aranhas-marrom é extraído o veneno por meio de estímulo de eletrochoque. Após duas ou três extrações, elas acabam morrendo, por isso há necessidade de capturas em campo de forma contínua.

    De acordo com os dados da Secretaria, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o Paraná registrou no ano passado 2.973 acidentes com aranha-marrom. Do início deste ano até ao dia 13 deste, já ocorreram 1.646.

    Um Boletim Epidemiológico, do Ministério da Saúde, apontou que entre os anos de 2017 e 2021, dos um milhão e 300 mil acidentes por animais peçonhentos notificados, 13% foram ocasionados por aranhas, sendo o terceiro tipo com o maior número de notificações.

    O informativo ainda registra que a Região Sul foi a responsável pelo maior número de notificações de acidentes por aranhas, sendo 53,5% do total, sendo da região, o Paraná que mais teve registros, com mais de 45 mil.


Fonte AEN.


19/07/2023
15:27
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