O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, Simepar, está integrado à campanha de prevenção e combate a incêndios florestais lançada em maio pelo Governo do Estado por meio do IDR-Paraná e da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal.
Desenvolvida pelo Simepar com softwares livres, o VFogo é uma plataforma de vigilância de incêndios e focos de calor, situados no tempo e no espaço, combinando dados estáticos e dinâmicos de tecnologias geográficas e de sensoriamento remoto.
O VFogo reúne três tecnologias: sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos e modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.
Ele combina diversas camadas de informações em interface webgeo. No subsistema de focos de calor, a relação de ocorrências fica disponível por alguns dias, indicando a fonte, data, hora e localização.
O subsistema de análise estatística apresenta gráficos do monitoramento diário. Além de satélites, o sistema conta com bancos de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, da Nasa e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O VFogo exibe as imagens de uma mesma área sob a perspectiva de diferentes composições. O sistema indica ainda o tipo de vegetação que está queimando: florestas, arbustos, pastagens e agricultura, por exemplo.
Os dados dinâmicos são atualizados por rotinas automatizadas a cada cinco minutos, realçando as áreas em que as temperaturas estão altas. Essas informações ajudam a alimentar o Corpo de Bombeiros, que consegue atuar de maneira mais rápida diante de incêndios florestais.
O coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, ressalta que essa época do ano é mais propícia a incêndios.
O sistema avalia os riscos dos incêndios florestais aos ambientes naturais e às estruturas do sistema elétrico, gerando índices de intensidade de calor. Diariamente o Simepar processa o índice FMA, que adota uma escala de cinco classes de riscos: nulo, baixo, médio, alto e muito alto, considerando as variáveis umidade do ar, temperatura, velocidade do vento e quantidade de dias sem chuva em todo o Estado do Paraná.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma média de sete mil casos de incêndios florestais são atendidos por ano no Paraná.
Fonte AEN.