PARANÁ ATINGE 2 MILHÕES DE TONELADAS DE PROTEÍNAS EXPORTADAS PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA.

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PARANÁ ATINGE 2 MILHÕES DE TONELADAS DE PROTEÍNAS EXPORTADAS PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA.

Pela primeira vez, o Paraná superou dois milhões de toneladas de carnes exportadas em um único ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços analisados pelo Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social


Estadual


   Foram 2 milhões e 87 mil toneladas em 2022, contra um milhão e 985 mil toneladas em 2021, melhor marca até então. Houve um crescimento de 70% em relação a 2013. Esse volume recorde fez com que o Estado passasse de 2 bilhões e 700 milhões de reais em 2020 para mais 4 bilhões e 200 milhões de dólares em vendas de proteína animal ao mercado mundial em 2022, um crescimento de 53% em apenas dois anos.

   A rápida evolução no desempenho da balança comercial do Paraná no setor agropecuário pode ser atribuída, em boa medida, pela obtenção do certificado internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, junto à Organização Mundial de Saúde Animal. Na mesma ocasião, o Paraná também obteve o reconhecimento de zona livre de peste suína clássica independente.

    Os selos que garantiram o novo status sanitário ao Paraná foram conquistados há quase dois anos. Embora a certificação seja específica para os bovinos, ela também contribui com a boa avaliação de potenciais compradores de outras proteínas, como de carne suína e de frango. Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, com o reconhecimento internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação, o Estado conquistou e ampliou mercados no exterior, reforçando ainda mais a excelência paranaense na produção de proteína animal.

    Historicamente, a produção o frango lidera com folga o mercado de exportação de carnes paranaense. Em 2022, ela correspondeu por 86,3% do valor arrecadado com vendas ao exterior no caso do frango in natura.

    A China, com 732 bilhões e 600 milhões de dólares, é responsável sozinha por 20% das compras. Japão, com 7,5% de importações e Coreia do Sul, com 5%, também representam parcela importante do mercado consumidor, justamente os dois países que foram visitados por uma delegação comercial liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em março deste ano, em uma missão para abrir novos mercados à produção de carne suína. Entre as principais agendas da missão com relevância para o setor, uma reunião com o vice-ministro da Agricultura do Japão, a quem a delegação falou sobre a possível celeridade na liberação das exportações de carne bovina e suína.

    A delegação também visitou a agência sanitária nacional da Coreia do Sul, onde negociou a vinda de inspetores do país para conhecerem os frigoríficos e abatedouros de suínos paranaenses. Com 1,8% das exportações in natura e mais 0,3% no produto industrializado, a carne bovina ainda têm potencial de crescimento no Paraná a partir de ganhos de produtividade nas propriedades rurais já existentes e na expansão dos frigoríficos instalados. Um caso emblemático desse esforço é o do Frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste do Estado. Inaugurada em 2003, a empresa é uma das maiores do segmento no Paraná e já exporta para vários países da América Latina, União Europeia e Oriente Médio e, recentemente, obteve a habilitação para vender também para a Indonésia e a China, se tornando a única do Sul do Brasil autorizada a exportar carne bovina para o maior mercado consumidor da Ásia após o fim do embargo chinês.

    Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que nos últimos anos esteve à frente dos esforços de obtenção das certificações sanitárias, a liberação é resultado da articulação direta do frigorífico, mas também reflete o bom momento da agroindústria paranaense.

    A exportação de peixes pelo Paraná também tem registrado impressionante elevação em anos recentes. Em 2022, as vendas de carne de tilápia do Paraná para o exterior, sob diferentes formas, atendeu 34 países. Os Estados Unidos foram o principal destino.


Fonte AEN.

 


29/05/2023
16:16
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