CONGRESSO SE MOBILIZA NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

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CONGRESSO SE MOBILIZA NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

O que falta é uma rede de proteção real, onde nós tenhamos todo um cabedal de possibilidades, de encaminhamento dessa mulher quando ela sofre


Justiça


Desde 2003, o Brasil aderiu à campanha mundial de combate à violência contra a mulher. Mas enquanto em cerca de 160 países a mobilização envolve 16 dias de ativismo, os brasileiros decidiram incluir o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e estender as atividades, totalizando 21 dias. Este ano, a campanha vai até 9 de dezembro.

 

Diversos setores do Congresso Nacional apoiam a mobilização desde 2013. A Procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada Tereza Nelma (PSD-AL), aponta avanços no combate à violência contra a mulher, como a Lei Maria da Penha e a legislação que criminaliza a violência política contra a mulher.

 

Contraditoriamente, o número de feminicídios continua aumentando. Em entrevista ao programa Painel Eletrônico, da Rádio Câmara, a parlamentar afirmou que um dos problemas é a falta de ações contínuas de prevenção.

 

“O que falta é uma rede de proteção real, onde nós tenhamos todo um cabedal de possibilidades, de encaminhamento dessa mulher quando ela sofre. E, ao mesmo tempo, falta um trabalho de prevenção, um trabalho de educação desde a escola. Nós precisávamos ter um trabalho sobre essa questão da violência desde a infância e na escola. ”

 

A deputada Tereza Nelma também aponta que o tamanho da rede de proteção existente é insuficiente para enfrentar o problema.

 

“Nós temos um país imenso como o Brasil, com 5.570 municípios e nós só temos 139 varas judiciais especializadas na mulher. Como vai dar conta dessa demanda toda? Se você vai para área das delegacias, nós temos 381 delegacias especializadas na mulher. É muito pouco para combater essa violência. Nós precisamos de mais. Nós precisamos fazer com que o discurso de que a mulher é prioridade seja uma realidade. ”

 

A programação da campanha “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” inclui sessão solene, audiências públicas e seminários que abordam temas como trabalho, renda, a visibilidade da mulher com deficiência e a conscientização dos homens para que as agressões acabem, além de uma avaliação sobre a participação feminina nas eleições deste ano.

 

 

Fonte:Rádio Câmara, de Brasília.

 


22/11/2022
16:57
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