Apesar do milho, usado na ração, estar apertando o faturamento do pecuarista, a cadeia de proteína conseguiu reter animais, principalmente fêmeas, nos últimos anos. Como não dá mais para segurar, os abates devem seguir em alta no ano que vem, conforme analisou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção de carne bovina poderá aumentar 2,9%, com 30,1 milhões de cabeças. Espera-se que assim os preços ao consumidor diminuam. No mercado interno, o consumo per capita deve aumentar um quilo e chegar a 26 por habitante no ano. Tendência de crescimento também com as exportações, de 5%.

Os abates de aves deverão crescer 3,2% para 6,29 bilhões de unidades. A oferta interna pode ter um incremento considerável de 4,2%, impulsionando o consumo per capita acima dos 51 quilos por habitante por ano atuais. Já as exportações poderão diminuir 1,7% e ficar em 4,5 milhões de toneladas, por causa do interesse menor de alguns mercados, como o chinês, que investe na produção local.

Com a carne suína, uma situação diferenciada. A tendência é de aumento nos abates em 6,7%, mas não haverá incremento na produtividade. Os animais perderam peso por consequência da nutrição mais cara. A disponibilidade no mercado interno, então, pode afetar preços. Ainda mais com a abertura de mercados como o Canadá e países do Sudeste Asiático.

Fonte: SBT News