O Auxílio Brasil, programa social do governo federal direcionado às famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza, está sendo usado por cibercriminosos em um novo golpe virtual. Levantamento divulgado pela PSafe na quinta-feira 21 de julho, aponta mais de 20 mil tentativas de fraude por dia com o tema.

A campanha maliciosa inclui o envio de uma mensagem para a vítima, via WhatsApp, SMS ou e-mail, avisando que ela tem direito a receber o Auxílio Brasil de R$ 2.500. A quantia prometida é seis vezes superior ao valor real do benefício.

Para receber o dinheiro, a vítima é obrigada a clicar em um link, que a leva a um site falso no qual precisa informar seus dados para uma falsa verificação. Além disso, pode haver a exigência de compartilhar a mensagem para que a transferência seja feita.

Foram identificados 17 sites criados para aplicar o golpe do Auxílio Brasil, somente na última semana, de acordo com a empresa especializada em cibersegurança. Mais de 140 mil tentativas foram bloqueadas no período, o equivalente a mais de 833 por hora e 13 a cada minuto.

Golpe de phishing

As fraudes utilizando o Auxílio Brasil têm o phishing como método escolhido para fazer novas vítimas. Muito explorada pelos criminosos virtuais, por conta do alto poder de disseminação, a técnica de engenharia social envolve o roubo de informações pessoais a partir de mensagens falsas, que parecem vir de fontes confiáveis.

Os dados coletados podem ser utilizados de diferentes formas, como na criação de contas bancárias fraudulentas, solicitação de cartão de crédito e empréstimo, por exemplo. Em alguns casos, as informações são usadas indevidamente meses depois, segundo o relatório.

Se você receber uma mensagem informando que foi contemplado com o Auxílio Brasil de R$ 2.500, descarte-a imediatamente. Além do valor muito maior que o verdadeiro, um dos requisitos para ter direito ao benefício é possuir registro no Cadastro Único, realizado de forma presencial.

Desconfie sempre de mensagens que oferecem benefícios e promoções “boas demais para serem verdade”. Na dúvida, procure o órgão ou empresa citados na ação, usando sempre os canais oficiais de comunicação.

Fonte: Agencia RadioWeb