Os pais e mães que ainda não conseguiram vacinar os filhos contra o sarampo, tem agora nova oportunidade. É que foi prorrogada até o dia 24 de junho a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, que ia terminar na sexta-feira 03 de maio.
A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças, mas até agora apenas 32% delas foi vacinada. Ou seja, apenas uma a cada três está prevenida contra a doença.
Lembrando que o sarampo é imunizado pela vacina tríplice viral, que também previne contra rubéola e caxumba. Devem ser vacinadas as crianças de 6 meses até 5 anos incompletos.
Depois de considerado praticamente erradicado do país em 2016, o sarampo voltou, e nos últimos quatro anos, foram registrados 40 mil casos, com 40 mortes. Além do risco de morte, o sarampo pode prejudicar o crescimento e afetar a capacidade mental.
O pediatra Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que o sarampo já matou muitas crianças no passado e ainda representa um perigo para a sociedade, mas que pode ser facilmente evitado com a vacinação.
O Ministério da Saúde quer retornar aos índices de imunização contra o sarampo, que de 2011 a 2019 estiveram acima de 90%. Com a chegada da pandemia de covid 19, a procura pela vacina caiu abaixo de 80%, e agora neste ano, está ainda mais baixa.
Portanto, pais e mães, aproveitem que o prazo foi estendido até o próximo dia 24 e levem os pequenos ao posto de saúde!
E uma outra campanha de vacinação também foi prorrogada, a da gripe, que busca prevenir de complicações da doença e, assim, diminuir a pressão sobre os serviços de saúde.
No caso desta vacina, o Ministério da Saúde orientou os municípios a manter a campanha enquanto houver estoque de doses. Das 80 milhões de doses disponíveis, apenas 47% foram aplicadas.
A vacina contra a gripe pode ser aplicada também em crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos, trabalhadores da saúde, gestantes, professores, pessoas com deficiência e profissionais das forças de segurança e do transporte.
Os grupos prioritários para a vacinação da Influenza são os idosos acima de 60 anos de idade; trabalhadores da saúde; crianças de 6 meses a 5 anos incompletos; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; integrantes das forças de segurança, de salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
Os grupos prioritários somam quase 80 milhões de brasileiros e, até o momento, a cobertura vacinal chegou a 44% desse público.
Sarampo
O Ministério da Saúde ressalta que a imunização contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e as doses ficam disponíveis durante todo o ano. É utilizada a vacina tríplice viral, que também previne contra a caxumba e a rubéola.
Pelo Calendário Nacional de Vacinação, a vacina deve ser aplicada nos bebês ao completarem 1 ano de idade e reforço entre 4 e 6 anos de idade. Também se recomenda a aplicação de uma dose entre os 30 anos e 50 anos de idade, em pessoas não vacinadas na infância ou juventude.
A campanha de vacinação começou no dia 4 de abril e podem se vacinar os trabalhadores da saúde e as crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade.
O Brasil perdeu o selo de erradicação de sarampo em 2019, por causa da queda na cobertura vacinal. Segundo dados do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (Nippis), em três anos foram registrados 26 óbitos de crianças abaixo de 5 anos de idade e mais de 1,6 mil internações por sarampo no país, número que não era alcançado desde o início dos anos 2000.
Fonte: Agencia Brasil