DEBATEDORES DEFENDEM ESCOLA INTEGRAL PARA REPOR PERDAS DO ENSINO NA PANDEMIA

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DEBATEDORES DEFENDEM ESCOLA INTEGRAL PARA REPOR PERDAS DO ENSINO NA PANDEMIA

A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia debateu estratégias para combater a evasão escolar causada pela covid-19. Em 2020, cerca de 340 mil estudante das redes municipal e estadual abandonaram a escola.


Educação


O Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação, Undime, Luiz Miguel Martins Garcia informou que, em 2020, 342.806 estudantes, das redes municipal e estadual, abandonaram a escola.  Luiz Miguel disse que cada escola deve construir um plano de diagnóstico, acompanhamento, monitoramento, recuperação e recomposição das defasagens dos alunos. O presidente da Undime falou sobre o programa com o Unicef de busca ativa escolar e que é preciso implementar uma escola em tempo integral:

 

A busca ativa escolar é um programa desenvolvido pela Undime e pela Unicef que tem, inclusive, uma plataforma de controle. Não é só trazer o aluno e colocar na escola: é buscar o aluno e acompanhar, monitorar. Por que isso é muito importante? Porque ao estar na escola, toda uma rede protetiva vai sendo acionada e esse aluno vai sendo atendido. O ideal, neste momento, seria ter um grande programa nacional que permitisse ampliação de jornada, que permitisse ter esse aluno, agora de fato, implementando jornadas de tempo integral.

 

O professor do Instituto de Ensino e Pesquisa, Naércio Menezes Filho, também acredita que a solução para a recuperação dos alunos é a escola em tempo integral. Ele afirmou que os estudantes mais pobres tiveram maior dificuldade para acompanhar atividades escolares à distância:

 

Foi muito mais difícil para os mais pobres acompanharem as atividades escolares à distância durante a pandemia, primeiro porque tem muito mais pessoas em casa – isso é a densidade de moradores por dormitório por classe de renda. Então, quanto aos pobres, na Região Norte, por exemplo, tem quase três pessoas morando em casa em cada dormitório, dividindo quarto;  pouco espaço para poder aprender e realizar as tarefas. E, além disso, os pais não conseguem ajudar os mais pobres. Essa é a proporção dos estudantes cujos pais têm ensino médio completo ou mais. Entre os mais pobres, no ensino fundamental, só 36% dos pais têm ensino médio completo

 

Para o presidente da Subcomissão, senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, a recomposição da aprendizagem passa pela identificação das dificuldades de cada aluno:

 

Identificar como que a turma está, a escola, o aluno e as dificuldades ou necessidades específicas desses alunos em Português, Matemática e outras disciplinas, para que você possa ajudar a orientar o professor em relação à situação praticamente individualizada de cada aluno, o que seria algo, assim, bem interessante.

 

Essa foi a 10ª audiência pública promovida pela subcomissão destinada a avaliar os impactos da pandemia de covid-19 na área educação.

 

Fonte: Rádio Senado.


25/05/2022
16:37
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