Servidores do Banco Central deflagraram greve por tempo indeterminado na sexta-feira (1), como reação à demora do governo federal em aplicar o reajuste salarial à categoria. Segundo o sindicato dos servidores do BC (Sinal), a expectativa é que pelo menos 70% do quadro do banco faça coro à greve.
O presidente do Sinal, Fabio Faiad, afirmou que a sexta-feira começou com adesão de 60% a 70% à greve, equivalente a cerca de 2.100 a 2.450 servidores da ativa. E mesmo a possibilidade de reajuste linear de 5% a todo o funcionalismo federal, como o EXTRA mostrou na quarta-feira, não seria aceita. Faiad estima que, em pouco mais de três anos, as perdas inflacionárias somam 27%, bem acima do estudado pelo governo.
— Temos pouco mais de 3 anos sem reajuste e o Banco Central, mesmo na pandemia, fez o Pix e manteve a instituição funcionando no padrão e na produtividade de órgão de excelência que somos — explica Faiad.
Na última quinta-feira, o sindicato confirmou que 700 servidores comissionados do BC, equivalente a cerca de 70% do total de comissionados, entregaram os cargos em protesto à falta de reajuste.
A deflagracao da greve pode afetar o funcionamento do Pix, fiscalizado pelo Banco Central, e atrasar a divulgação de indicadores financeiros e do boletim Focus, publicado todas as segundas-feiras com atualizações com as novas projeções do mercado para a economia.
Fonte: Yahoo Noticias