A mais recente pesquisa sobre álcool e fumo, divulgada há uma semana, não deixa dúvidas: entre as drogas que viciam, o álcool e o cigarro são as maiores ameaças à saúde e ao bem-estar das pessoas. O estudo foi divulgado pela “Addiction”, uma publicação da Society for the Study of Addiction. Os pesquisadores reuniram grande parte da informação global disponível sobre a utilização de substâncias lícitas e ilícitas e sua associação a mortes e doenças. Segundo os dados estudados em 2015, o uso abusivo do álcool alcançava 18,3% dos adultos, com pelo menos um episódio de abuso nos últimos 30 dias e um em cada sete adultos fumava diariamente.

 O uso de álcool e tabaco de acordo com especialistas é um dos fatores de risco para a hipertensão. Além da perda de vidas o estudo aponta para outros problemas tais como a queda de produtividade, dias parados para realização de tratamento de doenças relacionadas ao uso destas substâncias e consequências mais trágicas como, por exemplo, acidentes de transito.

 Quando se pensa no curso de toda uma vida, o excesso de bebida altera a pressão sanguínea, afeta o músculo cardíaco e aumenta o risco de desenvolver diabetes. Também enfraquece o sistema de defesa e, consequentemente, a capacidade de combater infecções, sem falar nos danos causados ao cérebro. Sobre o cigarro, basta dizer que se trata da principal causa de morte evitável no mundo, ele é responsável por uma em cada dez mortes ocorridas no planeta.

 O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bi são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bi com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura. Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, 12,6% dos óbitos acima dos 35 anos.

Fonte: G1