A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na última quinta-feira (3) a inclusão do antiviral molnupiravir em sua lista de tratamentos recomendados contra a Covid-19, tornando-o o primeiro medicamento oral recomendado por esse órgão contra a doença.

No entanto, a OMS recomenda sua utilização apenas entre pacientes com Covid-19 que não desenvolveram formas graves da doença e que correm um risco muito alto de hospitalização, tais como pessoas não vacinadas, idosos, pacientes com deficiências imunológicas ou com doenças crônicas.

A organização, ao mesmo tempo, desaconselha seu uso entre crianças e mulheres grávidas ou lactantes.

O medicamento, produzido pela empresa alemã Merck, é consumido sob forma de comprimido e, segundo a OMS, se usado aos primeiros sinais de infecção, pode evitar internações.

A OMS recomenda o consumo de quatro comprimidos (800 miligramas) do medicamento duas vezes por dia durante cinco dias, tempo habitual para o desenvolvimento dos sintomas da doença.

As recomendações da ONU são baseadas em dados obtidos de seis ensaios aleatórios envolvendo 4.796 pacientes.

A ONG Médicos Sem Fronteiras alertou no ano passado que um tratamento de cinco dias com molnupiravir a preços de mercado poderia custar cerca de US$ 700, embora se fosse desenvolvido com genéricos alternativos, que, por exemplo, já são fabricados na Índia, poderia cair para US$ 20.

Fonte: Gazeta do Povo