Para o cidadão estadunidense, o rádio é o mais confiável, entre todas as mídias disponíveis. E essa percepção aumentou durante a pandemia. A afirmação é resultado de pesquisa realizada pela americana MRI-Simmons, um dos maiores centros de estudo sobre tendências de consumo nos Estados Unidos.

   A conclusão vai de encontro com estudos similares realizados na Europa e no Brasil, por instituições locais. E revela que as emissoras de rádio acabaram forçadas a reinventar a maneira como criam sua programação, interagem com o público e aliam o entretenimento ao companheirismo e informação crítica para comunidades locais. Essas capacidades, segundo o estudo, fizeram com que o meio angariasse ainda mais confiança das pessoas.

   O rádio foi considerado muito confiável por 67% dos adultos ouvidos, a frente de jornais (66%), TV aberta (62%), TV a cabo (61%) e internet (57%). Em último lugar entre as plataformas de comunicação, ficaram as redes sociais (32%).

   Uma parcela das pessoas ouvidas na pesquisa, consideradas heavy users (super fãs, ou usuários mais intensos) de outras mídias, possuem opinião curiosa: acham que o rádio é ainda mais confiável do que o veículo de sua preferência, que ganha no quesito conveniência, mas não na confiabilidade.

   68% dos heavy users de internet, por exemplo, consideram o rádio mais confiável do que a própria internet. Enquanto 69% dos heavy users de TV confiam mais no rádio do que na TV aberta ou a cabo.

   A proporção mais equilibrada em termos de confiança é entre ouvintes de rádio e leitores de jornais, enquanto usuários de redes sociais admitem um índice de confiança menor do que a metade (37%) com o meio, em comparação com os dois mais tradicionais.

 Geração de negócios

   Outra pesquisa recente, divulgada pela Entercom, segundo maior grupo de emissoras FM/AM dos Estados Unidos, reforça como a confiabilidade e a capacidade do rádio em estabelecer conexões locais influencia diretamente na geração de negócios entre ouvintes e anunciantes.

   O levantamento destaca, entre outras conclusões, que 34% dos ouvintes agiu ao ouvir uma recomendação de comunicador durante o comercial ou testemunho. “O áudio é o meio mais poderoso, ele nos une por meio de experiências compartilhadas, nos move emocionalmente e nos leva a agir. O áudio, como nenhuma outra mídia, oferece uma experiência imersiva, que estimula a memorização, a confiança e a conexão”, afirmou o vice-presidente de pesquisas da Entercom, Idil Cakim, na abertura do estudo.

   Outro fator destacado pela pesquisa é o poder do áudio, independente do meio, em termos de conversão de mídia em negócio para anunciantes. Ele detém um índice de 57% em imersão por tipo de mídia, contra 54% em anúncios de vídeos sob demanda, 54% de vídeos digitais, 53% de TV linear e 52% para mídias sociais.

   O VP da Entercom explica que o índice de imersão é estratégico porque significa uma maior probabilidade de conversão, ou seja, o investimento de mídia colocado em áudio terá mais chances de se transformar em negócios concretos do que outros formatos.

Fonte: AERP