O Instituto de Tecnologia do Paraná, Tecpar, está trabalhando para ser um centro de produção de medicamentos biológicos para o tratamento de câncer, artrite e doenças autoimunes. Hoje, essa categoria de medicamento é importada, tem alto custo e depende de tecnologia externa. A produção será destinada ao SUS.
A entrada do Tecpar neste setor se dá por meio de Parceria para Desenvolvimento de Produtos e envolve a transferência de tecnologia. Seis medicamentos biológicos serão produzidos na fábrica do instituto que vai ser construída em Maringá, no Noroeste do Estado. Antes de iniciar a produção, o Tecpar pode comprar os medicamentos de laboratórios estrangeiros parceiros e vender ao Ministério da Saúde. Isso amplia a oferta dos produtos pelo SUS, reduz o custo e gera recursos para financiar a incorporação da tecnologia por parte do instituto paranaense.
Além do laboratório paranaense, as instituições públicas Biomanguinhos e Butantan foram confirmadas, no ano passado, pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento da plataforma de anticorpos monoclonais.
O prazo de execução de todo o projeto é de 10 anos. Ele começa com aquisição e fornecimento dos medicamentos e, gradativamente, será iniciado o processo industrial, com o envaze do produto e formulação.
De acordo com o presidente do Tecpar, Julio Félix, o poder de compra do SUS é importante para gerar desenvolvimento científico, tecnológico e dos territórios nacionais. A maior parte da indústria farmacêutica pública e privada está concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro e, com esse novo projeto, é possível gerar desenvolvimento no interior do Paraná. Segundo ele são gerados empregos de alto nível como de pesquisadores, técnicos, mestres e doutores. Além disso, há também os empregos indiretos, que envolve os fornecedores de insumo, transporte e limpeza.
Fonte: AEN-PR