O Brasil registrou em 2018 aumento de 194,4% no número de mortes por gripe em relação ao mesmo período de 2017: foram 839 mortes por influenza esse ano, contra 285 mortes no ano anterior. Ambos os períodos consideram dados contabilizados pela Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde até a segunda quinzena de julho.
No total, foram 4.680 infecções em todo o país até 16 de julho, contra 1.782 em 2017.
O vírus influenza é dividido em tipos, subtipos e linhagens. Todas essas variações correspondem a diferenças encontradas no material genético do vírus. O influenza também sofre mutações muito frequentemente; por isso, a vacina é atualizada todos os anos com novos vírus.
Além da temporada três fatores podem contribuir para um maior número de mortes: uma mutação grande do vírus, a não imunização da população mais vulnerável, e o tratamento tardio e por consequência com baixa efetividade, que geralmente começa a ser feito após quatro ou cinco dias de infecção no Brasil.
De acordo com especialistas, mais efetividade em campanhas de imunização, com maior rapidez em atingir a meta pode contribuir para diminuir o número de mortes. Em 2016, por exemplo, a meta foi atingida em três semanas, diz ele. Agora, foram necessários mais de três meses para vacinar 90% do público-alvo.
No entanto o que preocupa as autoridades, é que o grupo de gestantes e de crianças (entre seis meses e cinco anos) continuam com cobertura vacinal abaixo do esperado, com 77,8% e 76,5% de vacinados, respectivamente.
Fonte: G1