Os dados, obtidos pelo Instituto “Sou da Paz” por meio da Lei de Acesso a Informação, mostram que, no período de 2008 a 2017, a quantidade de armas registradas saltou de 6.260 para 33.031. Os valores representam um crescimento de cerca de 744,7% no período.
No total, em 2017, o Brasil tinha 328.893 registradas em nome de pessoas físicas. Os estados campeões são o Rio Grande do Sul (52.909), São Paulo (48.487) e Santa Catarina (33.392). No Paraná, quarto estado da lista, há 31.380 armas registradas em nome de pessoas físicas.
A coordenadora de Projetos do Instituto “Sou da Paz”, Natália Pollachi, acredita que isso está bastante relacionado a uma sensação de insegurança das pessoas e uma dificuldade de ver respostas efetivas do Estado.
Segundo ela, as estatísticas mostram que, em geral, as pessoas não conseguem reagir de modo a evitar o assalto ou balear o assaltante. “A tentativa de reação aumenta a gravidade do fato. O que poderia ser um roubo à mão armada pode se tornar um latrocínio”. “A chance de a pessoa conseguir reagir armado é tão pequena que é muito mais provável que essa arma acabe sendo mal utilizada, em brigas familiares, em acidentes com crianças, em brigas de trânsito”, por exemplo.
No período, os dados mostram um forte aumento no número de registros principalmente a partir de 2013, quando 19.476 armas foram documentadas.
Fonte: Ag.Brasil / Bem Paraná