Em meio a uma das maiores crises fiscais que o país já enfrentou, o Congresso aprovou na semana que passou uma série de projetos que agradam a parlamentares e aliados, mas oneram os cofres da União. São medidas que aumentam os gastos públicos e reduzem a arrecadação ao perdoar dívidas e multas, e conceder benefícios tributários a diversos setores.
A maioria dos projetos já aprovados ou que estão em debate com chances de aprovação agrava ainda mais a dívida bruta do governo geral, que já está em 77% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior percentual da série histórica.
A dívida bruta do governo é um dos principais indicadores para avaliação de solvência por agências de risco, ou seja, para analisar a capacidade que o governo tem de cumprir seus compromissos.
Hoje para custeio básico da máquina pública, como água, telefone, energia e aluguel de imóveis, o governo gasta cerca de R$ 45 bilhões por ano. Mais de 90% dos gastos da União são obrigatórios, entre estes gastos estão folha de pagamento do funcionalismo e da Previdência. Somente o que sobra vai para investimentos, políticas públicas e programas sociais.
Fonte: Gazeta do Povo