O Governo do Paraná quer a adoção de ações permanentes no combate ao tráfico de seres humanos no Brasil. Durante o 3º Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, que acontece em Curitiba, o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, disse que saber que em pleno ano de 2019 existem pessoas que estão sendo vendidas como se fossem mercadorias ou que são escravizadas é algo que deixa o país perplexo. “Precisamos unir a sociedade, polícias, secretarias de Estado, Governo Federal, e o Ministério Público, em torno de uma verdadeira cruzada nacional contra o tráfico de pessoas”, afirmou o secretário.
O evento é promovido pela Secretaria em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas. O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Ismael de Oliveira, lembrou que o Paraná, por ser um Estado fronteiriço, representa um desafio aos órgãos de fiscalização e controle no combate a este crime. “As condições de vulnerabilidade das pessoas podem provocar graves consequências físicas, e até mesmo a perda da vida. Temos obrigação de levar as políticas públicas a essas vítimas”.
Neste primeiro dia de evento falaram também o pesquisador do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas Migratórias, Maurício Carlos Rebouças; e o procurador de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Estado do Paraná.
À tarde, houve o depoimento de uma vítima de tráfico internacional para exploração sexual e uma mesa-redonda com Olympio Sá Sotto Maior Neto; o presidente da Comissão Regional de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal de Goiás, Fabrício Rosa; e a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria, Silvia Cristina Xavier. O mediador foi o jornalista Rogério Galindo.
Fonte: AEN-PR.