A safra de grãos 2018/19 no Paraná caminha para o final da colheita com um volume total de 37,2 milhões de toneladas, que equivale a um aumento de 5% sobre a safra anterior que rendeu um volume de 35,4 milhões de toneladas.
A safra seria ainda maior não fosse as perdas na soja, de 17%, e no trigo, ao redor de 16% da produção. Em contrapartida, a segunda safra de milho, que está com 65% da área colhida, está apresentando um dos melhores resultados da história do grão plantado nesta época do ano.
A análise é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, que divulgou os resultados parciais da safra de grãos 2018/19. A preocupação era com a geada recente, ocorrida no início de julho, que poderia ter atingido várias culturas.
A onda de frio atingiu em cheio o trigo plantado na região Oeste do Estado, que estava em fase suscetível. O trigo plantado nas regiões Sul e Norte foi pouco prejudicado e não apresenta perdas significativas, disse o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
A produção do milho surpreendeu e está resultando num dos melhores volumes colhidos durante a segunda safra, registrando a maior produtividade dos últimos anos. Canola e cevada são dois produtos da safra de inverno cultivados no Paraná, com comportamento semelhante ao trigo. Mas somente as lavouras de canola e o trigo foram afetadas pelas geadas.
As lavouras de soja e de feijão da safra 2018/19 estão colhidas e os resultados são de queda na produção de soja, devido a problemas climáticos ocorridos no último trimestre do ano passado, quando faltaram chuvas durante o desenvolvimento vegetativo, disse o economista Marcelo Garrido, do Deral.
Cerca de 47% da safra de mandioca 2018/19 já está colhida, com produtos de boa qualidade. A previsão do Deral aponta para uma colheita de 3,37 milhões de toneladas, 3% menor em relação ao ano passado.
Fonte: AEN-PR.