A transmissão e a distribuição de energia aos consumidores é ameaçada nesta época do ano pelos balões. Apesar de ser crime ambiental fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios em florestas e áreas urbanas, a incidência deles cresce nos meses de junho e julho.
Ao cair sobre as redes e linhas de energia, os balões podem deixar cidades inteiras sem luz e até provocar graves acidentes. Para alertar sobre os riscos, uma campanha promovida em parceria da Copel com os aeroportos nas maiores cidades paranaenses orientará as comunidades do entorno sobre o perigo.
A parceria surgiu porque os balões também representam um risco para a operação do tráfego aéreo. “Pode parecer que a distância é grande, mas isto não é verdade. As faixas da atmosfera ocupadas por aviões e balões de ar quente coincidem, e isto traz riscos a todos os envolvidos”, destaca a coordenadora de Segurança Operacional no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Grande Curitiba, Leticia Maria Heineck Andriani.
Em julho do ano passado, um balão deixou 130 mil domicílios em bairros da zona norte de Curitiba sem luz, após cair sobre uma linha de alta tensão e provocar um curto-circuito.
Soltar balão no Brasil é crime previsto no Código Penal, devido ao risco para a segurança do transporte aéreo, com previsão de pena que varia entre seis meses e 12 anos de detenção (art.261). A atividade também configura crime ambiental, com tempo de reclusão de um a três anos, além de multa (Lei nº 9.605/98).