A chuva dispersa e com volumes modestos ajudou a diminuir os incêndios florestais no Paraná em outubro. O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná registrou 481 ocorrências na primeira quinzena deste mês, uma queda de 57% em relação ao mesmo período de setembro, quando foram mil 121 casos, e 67% menos do que em agosto, que teve mil 461 incêndios.

    Na quinta-feira, em uma reunião virtual entre o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil Estadual, o Simepar e o IAT, foram analisados dados dos últimos 20 dias sobre as condições meteorológicas, além de comparativos mensais dos incêndios florestais.

    Neste ano, o Estado contabilizou 12 mil e 808 ocorrências, o dobro dos casos de 2023 e quase o triplo de 2022. Segundo a chefe da assessoria de comunicação do CBMPR, capitã Luisiana Cavalca, outubro historicamente é o mês com maior umidade no estado.

    De acordo com o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, a ocorrência de chuva deve ser mais frequente ao longo da primavera e início do verão, podendo haver períodos mais prolongados associados a novas ondas de calor.

    O agravamento das condições ao longo do ano levou o governador Ratinho Junior a decretar situação de emergência no Estado no início de setembro. Para enfrentar essa situação, o Governo do Paraná anunciou um investimento de 24 milhões de reais em uma força-tarefa para combater incêndios florestais. Entre julho e setembro, a Defesa Civil emitiu 26 alertas de risco máximo de incêndio em todo o território. Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schünig, as condições meteorológicas no Paraná foram atípicas, assim como em boa parte do país.

     Segundo o Simepar, há quatro meses a estiagem moderada atinge o Paraná e parte do Paraná teve o inverno mais quente em quase três décadas. Além disso, os meses de outono e inverno apresentaram níveis de chuva abaixo da média histórica.

Fonte AEN.